Haviam belos sons.
Havia o vazio, visivelmente amplo, mas que não cabia ninguém.
Um espaço invisĂvel, mas preenchido por coisas que eu nĂŁo sei.
Me movia com o som e falava com as paredes de vidro.
Abraçava cada copo e palavras que surgiam, entĂŁo as risadas saĂam, faziam seu efeito e se desmanchavam.
De olhos fechados eu me fazia 2 perguntas:
- Quem eu sou?
- Por que eu estava alĂ?
E a cada vez que tentava responder era como se gritassem a palavra "ERRADO". Fazendo todas as alternativas frustrantes. Então percebi que havia me perdido novamente. No inferno de espelhos onde meu reflexo me olhava com desdém.
Em apenas uma noite eu me perdi, me puni e lamentei falhas.
Em apenas uma noite eu me encontrei, me perdoei e armei com um espelho para relembrar quem eu sou.